PALHAÇA SIM

--> Nessa segunda fomos eu, Terezinha e Catia visitar Dona Maria de Lourdes. Quem nos abriu o portão foi a filha Carla que é quem cuida dela. D. Maria de Lourdes nos recebeu tão afetuosamente que foi uma injeção de ânimo para uma palhaça que estava se desfazendo em calor. O abraço dela é daqueles que ficam na gente por um longo tempo, abraço de verdade. Sobre a visita, se fosse escrever sobre todas as histórias que D. Maria de Lourdes contou resultaria em um livro. Ela é descendente de indios, foi parida em um rio. Mãe índia, pai português. Boa contadora de histórias, conhecedora de ervas curativas, mulher de muita fibra. Já trabalhou com inúmeras coisas. Já teve salão de beleza, buffet e não vê a hora de voltar para o artesanato. Disse que outro dia viu na TV Cultura uma reportagem sobre seu povo e ficou emocionada, chorou. Chorou, também, muitas vezes durante a visita. Foram cinquenta minutos de histórias ininterruptas, algumas que deixaram

Depois de uma longa pausa, Solenta volta às suas visitas acompanhada de Terezinha. Assim que tocamos a campainha, quem primeiro nos recebeu, com seus latidos, foi Ode, o cachorrinho da casa. Logo veio D. Cacilda nos abrir o portão. A surpresa de dar de cara com uma palhaça parece ter sido boa e o abraço afetuoso que Solenta recebeu foi a confirmação disso. Poderia ter demorado uns cinco minutos nesse momento abraçante. E, quando entramos no quarto em que se encontrava seu Alfredo, ele abriu um sorriso tão gostoso que Solenta se desmanchou. S. Alfredo é cuidado por D. Cacilda e uma ajudante, acho que o nome dela é Jessa, mas não tenho certeza. Ela está com eles há três anos e meio e parece gostar do que faz. A casa tem fotos por todos os lados, para delírio de Solenta que adora. Assim, ela pôde conhecer os netos e a filha deles. D. Cacilda é uma pessoa extremamente simpática e contou histórias incríveis. O casal veio de Portugal, quer dizer, não como casal e é uma história