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Mostrando postagens de outubro, 2009

S. Querobino - Primeira Visita

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Quando chegamos à rua de S. Querobino, um rapaz já nos aguardava acenando e nos indicando o local da casa. Apesar de muito perguntarmos, não conseguimos descobrir qual a relação dele com S. Querobino, mas provavelmente ele é um de seus filhos, pois tem os mesmos lindos olhos azuis. Silmara, Sara, Tácia e Raquel, que já estiveram na casa antes, alertaram Solenta para a presença de um pitbull que todos diziam ser "bonzinho" mas que, na dúvida, era melhor evitar contato com ele. S. Querobino fica em uma cama hospitalar no último quarto da casa. Até chegar lá, Solenta cruzou com Marinalva, uma das filhas, que estava com Gabriel no colo. O ENCONTRO Parece que a surpresa de ser visitado por uma palhaça foi boa. A casa estava cheia, esposa, filhos, netos. Gente bonita e acolhedora. S. Querobino quando agarra uma mão não tem a menor intenção de soltar e foi assim que a passagem da mão de Silmara para a mão de Solenta exigiu um certo jogo de cintura. Ele e Solenta ficaram boa parte d

D. Angela - Primeira Visita

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As visitas dessa semana foram acompanhadas por Silmara, terapeuta ocupacional do PAD, e por Sara, Tacia e Raquel, estudantes de terapia ocupacional que fazem estágio junto ao programa. Foi muito boa a companhia delas, um bom apoio para Solenta que, nesse dia, estava se sentindo cansada e vazia. D. Angela tem 80 anos e diagnóstico de alzheimer, entre outras moléstias, e está acamada desde fevereiro. Se comunica, acima de tudo, com expressões faciais e fala muito pouco. Mora, no fundo da casa de um de seus filhos, com o marido Michelle, que conta com a ajuda de uma cuidadora que não estava na casa no momento. O ENCONTRO D. Angela estava deitada na cama hospitalar e ao avistar Solenta fez uma expressão de surpresa difícil de decifrar. Solenta foi para o lado da cabeceira da cama e começou sua aproximação. S. Michelle levou Silmara para cozinha pois queria conversar sobre alguns assuntos longe da esposa. Na ausência do marido, ela pronunciou uma longa frase, com uma voz tão forte e clara

D. Thereza - Primeira Visita

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Ana Silvia e Solenta chamaram bastante tempo ao portão. Como ninguém vinha nos atender, Ana ligou do celular para avisar que estávamos na frente da casa. Maria de Lourdes, a filha cuidadora de D. Thereza, apareceu toda afobada, pois estava na parte de trás da casa e não havia nos ouvido. D. Thereza tem 90 anos, sofre de uma doença do coração e é extremamente lúcida. O ENCONTRO Maria de Lourdes (tia Lu, apelido com que a chamarei daqui para frente) guiou Ana e Solenta até a cozinha onde estava D. Thereza. Pelo caminho já foi anunciando que a mãe estava muito bem, que no final de semana anterior havia sido o aniversário de uma de suas irmãs e que D. Thereza havia descido e subido escadas sozinha. Quando chegamos na cozinha, D. Thereza estava terminando de lavar umas louças. Quando viu que tinha visitas, secou as mãos e deu um abraço tão apertado em Solenta que ela ficou impressionada com a força e vigor daquela mulher. Essa sensação permaneceu durante todo o encontro. Encontro que foi ce

Pio - Primeira Visita

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Essa foi a primeira vez que a visita se realizou na parte da manhã. O motivo de tal mudança foi para que Solenta pudesse acompanhar Ana Sílvia, fisioterapeuta do PAD. O caminho até a casa do paciente é bastante longo. Isso, somado ao trânsito e à recente mudança do relógio para o horário de verão, fez com que Solenta chegasse ao destino meio atordoada. Pio é ainda bem jovem, 48 anos, e sofreu de uma doença que lhe paralisou todos os movimentos. Agora, pouco a pouco, está se recuperando e reconquistando a mobilidade. O ENCONTRO Quando chegamos à casa, tivemos que esperar um pouco para que a porta fosse aberta. Deu tempo de Solenta fotografar um gatinho que tomava sol na lage e de ser fotografada por Ana na frente da casa, que era recoberta de um revestimento azul e branco que combinava com sua roupa. Quem nos recebeu foi Mônica, cuidadora de Pio e sua conterrânea do Peru. Os dois têm um sotaque delicioso que Solenta não cansou de elogiar. Pio estava deitado na cama, no quarto ao lado

S. Francisco - Primeira Visita

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Quando o carro entrou na quadra da casa de S. Francisco, Solenta falou: "vixe!!!" A rua estava repleta de crianças que brincavam justamente na frente da casa dele. Acho que foi Laís que perguntou: "você não gosta de crianças?" E Solenta respondeu: "adoro crianças, mas se eu for dar a atenção que cada uma merece não chegarei até S. Francisco." Solenta desceu do carro, brincou com um menino que passava chupando um limão e seguiu rapidamente para o portão de entrada do local onde ficava a casa. No meio do aglomerado de crianças, adolescentes e adultos, um sorriso e uma cara boa chamaram a atenção de Solenta. Era Igor, que mais tarde Solenta soube que é cunhado de Luciana, a filha de S. Francisco. Quando pediu ajuda para saber qual das casas era a procurada, Rian se apresentou para ajudar. Ele é um dos netos de S. Francisco. S. Francisco tem 76 anos e sequelas de um AVC. Ele consegue se comunicar verbalmente e é possível entender quase tudo o que ele fala. Mor

D. Olga (Kimi) - Primeira Visita

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As visitas de D. Olga e S. Francisco foram na companhia de Milena, fonoaudióloga do PAD. Ela tem um jeito calmo e delicado que inspira uma boa dose de tranquilidade. Participaram da visita Laís e Niely, também fonoaudiólogas que fazem um curso de aprimoramento profissional. Célia, uma das filhas cuidadoras de D. Olga, foi quem nos recebeu e sua expressão ao ver Solenta foi de surpresa boa. Dona Olga está acamada em decorrência de um AVC. Como a ocorrência do derrame é recente, seu lado esquerdo ainda está bem paralisado. Seu nome é Kimi, descendente de orientais, mas gosta de ser chamada de Olga. Fica em uma cama hospitalar na sala. O ENCONTRO Diferentemente das visitas anteriores, acompanhadas pela enfermeira Terezinha, em que Solenta esperava que ela entrasse para só depois aparecer e ser apresentada, com as fonos Milena, Laís e Niely, Solenta tomou a dianteira e até brincou de apresentá-las, como se fosse ela que conhecesse a casa, a paciente, a cuidadora. Não pareceu a princípio

D. Margarida - Primeira Visita

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Segunda visita do dia. A casa de D. Margarida fica no andar de cima do que parece ser o portão de um estabelecimento comercial que estava fechado. Tocamos a campainha e ninguém respondeu. Então Solenta começou a chamar bem alto (o que é sua especialidade) e Terezinha disse que nessas horas sempre pensa em ter uma buzina como a do Chacrinha. Depois de um tempo, uma voz chamou dizendo que podíamos entrar. Dona Margarida tem 82 anos e está impossibilitada de andar em decorrência de um derrame. Mora com a filha Leninha (que é sua cuidadora e mãe de Gabriela, que estava na escola) e com o marido, que também tem problemas de saúde e nesse dia estava acamado. Na casa dos fundos mora seu outro filho com a esposa, duas filhas adolescentes e uma netinha ainda bebê. O ENCONTRO Quando terminaram de subir a escada foram parar na cozinha/copa e Leninha veio empurrando a cadeira de rodas trazendo D. Margarida. Junto à surpresa de estar diante de uma palhaça havia na expressão das duas algo que parece

D. Nair - Primeira Visita

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Quando chegaram, Solenta sentiu como se estivesse diante de uma casa típica do interior. Portão baixo, com um telhado como os de desenho de casinhas feito por crianças ou por adultos que desenham como criança. Quando Marli, a filha e cuidadora de D. Nair apareceu, Terezinha apresentou Solenta. A expressão dela foi de surpresa boa. O motorista Wilson disse que estava deixando lá uma encomenda (Solenta) para passar uma semana. D. Nair tem 83 anos e está acamada em decorrência de um derrame. Na sala estavam Alice costurando ou bordando algo e um carrinho de bebê no qual dormia Bia, uma pequena mestiça de 10 meses que é cuidada, com muito amor, por Marli, enquanto a mãe trabalha. O ENCONTRO Quando Solenta e Terezinha entraram no quarto, D. Nair estava deitada na cama e parecia estar acordando de um sono profundo. Marli disse: "olha quem veio te visitar!" D. Nair olhou para Solenta e indagou: "Isaura?" Ao perceber que não se tratava de Isaura, sua expressão não foi de