O PRIMEIRO DIA - IMPRESSÕES

Para além da descrição, da narrativa do ocorrido em cada visita do PAD, que já é coisa por demais de difícil, existe, também, uma série de pensamentos, sensações e observações que gostaria de conseguir escrever.
A possibilidade de entrar nas residências , no mundo dessas pessoas, seus pertences, seus retratos, suas intimidades,  a forma como se organizam para acolher as dificuldades e limitações, é algo que permite acessar mais rapidamente o universo de cada uma delas. E isso abre portas...Portas da memória, da história pessoal e familiar, da singularidade de cada ser.
É assim que o palhaço pode mais facilmente encontrar os ganchos para uma relação verdadeira com  o paciente e seus cuidadores. Assim, essas pessoas  podem se sentir vistas e ouvidas verdadeiramente. Esse trabalho miúdo, corpo a corpo, respiração a respiração  possibilita encontros verdadeiramente densos e até mesmo transformadores. Transformadores de estados, energias e ....   e tanto mais que ainda nem sem nomear.
Que venha o segundo dia!

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