O PRIMEIRO DIA - A PRIMEIRA VISITA - Sr Kaji





Prometo que só vou escrever isso uma vez: É impossível registrar um milésimo do que é cada experiência e eu fico sempre com a sensação de que estou sendo leviana com o tanto que fica de fora.
Mas lá vou eu com o menos de um milésimo que consigo escrever, descrever.
A primeira visita, toda a ansiedade, a agonia, a felicidade e o medo.
Troquei de roupa e me maquilei no banheirinho do hospital e esperei minha parceira, a enfermeira Terezinha, para rumarmos para nosso imponderável encontro. 
Aquecendo as entranhas, o caldeirão interno... Chegando para as pessoas.
O recepcionista do hospital Valdenor, o camarada Vanderlei que levou a mala até o carro, a moça ao telefone... cada um ao seu modo, pondo lenha pra aquecer esse caldeirão.
O motorista Mauro que rapidamente entrou no jogo ajudando no aquecimento.
Pausa para Terezinha contar um pouco sobre os pacientes e suas famílias.
Nem vi o caminho se me pedirem para voltar nas casas eu não poderia pois quando dei por mim já estávamos na porta do Sr. Kaji.
Enquanto Terezinha entrou para avisar da visita inesperada, a palhaça Solenta ficou esperando na frente da casa. 
A goiabeira que rendeu assunto com o Mauro, as flores, a expectativa...
Dentro da casa eles colocavam Sr. Kaji na cadeira de rodas para receber a visita.
Solenta não estava mais aguentando esperar, espiava pela janela, pela beirada da porta. 
Pode entrar! 
Posso entrar? Que vergonha, que alegria!
Que encantadores todos ali.
Solenta queria dançar, cantar, desfilar,  falar japonês... Até inventou um pouco, mas o japonês dela nem ela entendia... Levou algumas broncas do Sr. Kaji, mas também recebeu alguns elogios. Ele cantou o hino do Japão, Solenta só aprendeu a primeira linha mas isso já o deixou bem contente.





E assim, o tempo foi passando... O café servido na mesa. A netinha linda que dormia e despertou.Tudo bem gostoso com essa família tão amorosa e acolhedora.




Foi realmente um bom abre-alas para esse trabalho.

Comentários

  1. Solenta! E você combinou de ir com a roupa combinando com a do seu Kaji? Incrível, hein?

    Se eu tivesse junto podia ter cantado, eu sei uma música que minha mãe ensinou: o ki na kori no, kinosh tade, anatatu wataashi...

    arigato saionara!

    "Consuero"

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