Maria Antonieta - Tonha - Primeira Visita

Essa visita foi acompanhada de equipe grande: a T.O. Silmara e suas "estagiárias", Suzana e Mariane, e também as psicólogas Ivete e Lívia. Uma verdadeira comitiva.
Dona Maria Antonieta tem sequelas de AVC e insuficiência coronariana.

O ENCONTRO

É sempre uma delícia chegar em comitiva. Para a paciente deve ser uma sensação muito boa ver a casa se encher de pessoas que vão até lá para visitá-la e para Solenta é a possibilidade infinita de muito brincadeira e muito "jogo". Tonha, como gosta de ser chamada, tem um humor delicioso. Veio de Pernambuco, de uma cidade perto do Recife, Ipojuca, se não me engano. Quando Solenta chegou perto dela e colocou a mão em seus cabelos para um cafuné, já foi logo anunciando que era uma delicia repousar a mão ali pois o cabelo de Tonha é bem fofinho. Ela retrucava dizendo que não era não e Solenta confirmava que era sim. Brincaram de brigar. Além de termos chegado em grande comitiva, também estavam na casa Nalva, filha e cuidadora de Tonha, e duas netas,Vanessa e Michele, com seu filhos bebês, Nicolas e Ana Clara. Ou seja, foi uma festa só e as netas de Tonha adoravam quando Solenta entrava em apuros por não conhecer músicas dos cantores que Tonha dizia gostar. Começou pedindo Aguinaldo Timóteo. Solenta engoliu seco, pois não sabia de nenhuma música de seu repertório. Ainda bem que Ivete estava lá para socorrer, pois ela lembrou que ele canta uma música que fala: "mamãe, mamãe, mamãe, tu és a razão dos meus dias...." E foi só essa parte que Solenta conseguiu lembrar. Em seguida, Tonha pediu Moacir Franco. Mais uma engolida a seco. Solenta até lembrou de uma música e depois achou que não era. Em seguida alguém falou dessa mesma música. Aí Solenta respirou aliviada e puxou a canção: " a mesma praça, o mesmo banco, as mesmas flores, o mesmo jardim...." Todos, ou melhor, todas cantaram junto. Só que agora, ao escrever esse registro, e consultando o Dr. Google, descubro que essa música é de Ronnie Von e não de Moacir Franco, mas o momento de todas nós cantando juntas, tentando lembrar trechos da música para além do refrão, foi tão gostoso que pouco importa se a música era do cantor pedido ou não. Na apresentação de seus intrumentos fantásticos, Solenta girou a manivela de sua pequena caixinha de música com a canção La Vie en Rose e Tonha cantarolou junto. Solenta ficou até emocionada. Foi um momento muito bonito. Teve tanta coisa boa nesse encontro que, mesmo escrevendo sobre ele mais de um mês depois de ter acontecido, muitas cenas retornam, talvez não na ordem em que aconteceram, mas com uma força bem grande. Em algum momento, Solenta perguntou sobre a cor preferida de Tonha e ela disse ser o azul, e só essa perguntinha, aparentemente boba, deu um monte de jogos: o azul em todas as suas variações de tons, o azul do céu, do mar...
Teve também o momento em que Tonha disse gostar de Roberto Carlos, só que é de Roberto da fase "caminhoneiro", fase que Solenta desconhece por completo. E mais uma vez estava lá Ivete para ajudar. Foi realmente um encontro bem divertido e não foi nada fácil despedir.








Tonha cantando com a ajuda de Ivete

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