S. Adauto - Primeira Visita e Retorno


Já se passaram quatro meses desde que fiz a primeira visita e não consegui escrever o relato do encontro. Dessa vez, ao invés de me queixar sobre o aperto do tempo, e o quanto me pesa não poder me dedicar o quanto eu gostaria a esse trabalho, resolvi juntar o relato das duas visitas e vamos ver no que dá.

 S. Adauto é um paraibano prá lá de bem humorado. Nasceu em 31/01/1941. Na primeira visita soube um pouco da sua origem, mais um paciente oriundo da terra de nosso querido Luis Gonzaga, e a de sua esposa, Ademildes, vinda de Aramaia, no estado da Bahia.
 S. Adauto tem uma chácara na cidade de Ibiuna, local onde praticava um de seus prazeres: cuidar da terra. Na época da primeira, visita havia pouco tempo que seu cavalo Campeão havia caído na fossa e foi encontrado morto. S. Adauto estava bem triste, mas nem por isso perdeu seu humor. Propôs para Solenta várias charadas do tipo: "qual a diferença entre a bicicleta e o banheiro?" Solenta coçava, coçava a cabeça e não conseguia encontrar a resposta... e lá vinha ele com uma cara marota: "na bicicleta a gente senta pra correr e no banheiro a gente corre pra sentar." E continuava: "qual a diferença entre o véio e o tamanco?"  E mais uma vez Solenta não fazia idéia da resposta... E ele soltava: "no tamanco, acaba o couro, fica o pau e no véio, acaba o pau, fica o couro." Ele tem o tempo da piada tão desenvolvido que ele em seguida soltava: "o que que a mulher tem no meio das pernas?" Como a coisa vinha esquentando, a gente assustava achando que sairia uma besteira muito grande e ele falava: "o joelho, ué". Era uma risadaiada geral. Ao final da visita, nas despedidas ele falou: "quando eu melhorar vou te convidar para comer uma galinha no mato." Estava se referindo a um passeio em sua chácara. Solenta respondeu: "só se for ao molho pardo."  E assim acabou a primeira visita. Leve e boa.
Ontem fui para o retorno bem preparada, além da caneca que fiz de presente, levei impressa uma folha cheia de charadinhas que baixei de sites pesquisados no companheiro Google. Depois que Terezinha terminou suas avaliações, Solenta sentou no sofá e disparou a fazer charadinhas. O mais incrível é que S. Adauto acertou várias delas, apesar de não serem tão comuns assim. E ele soltou: "o que é que cai em pé e corre deitado?" Solenta e Terezinha fizeram coro: "a chuva!!!!" Afinal essa é super conhecida.  Ele respondeu: "não, a água." Solenta e Terezinha se olharam e falaram "é..." Pensando: tudo bem, você pegou a gente. Quando a visita já estava caminhando para o fim, chegaram a filha Rosana, o neto Bruno, de 9 anos, e a neta Beatriz, de 2. Bruno também adora charadinhas e ficamos mais um tempo nessa brincadeira. D. Ademildes já havia contado e depois Rosana completou dizendo que Bruno tem um livro que tem histórias que S. Adauto contava para ela e para o irmão quando eram pequenos e que agora ele e o avô ficam remexendo, contando e recontando um para o outro. É muito bonito ver o carinho que o neto tem pelo avô e vice-versa. Depois de uma pequena sessão fotográfica a visita terminou. Solenta deixou para Bruno a folha com as charadinhas e Bruno disse que iria copiar e devolver na próxima vez que Solenta fosse. Ela disse mais de uma vez que podia ficar para ele, mas ele insistiu que devolveria. Fico pensando que isso era um jeito de ele dizer: "você vai voltar, não é?" Coisa que só o tempo dirá...



D. Ademildes, Mil para S. Adauto,  na primeira visita
S. Adauto na primeira visita



Ademildes, a filha Rosana, S. Adauto e os netos Bruno e Beatriz

De novo o pessoal todo e Solenta

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