Zefferina - Primeira Visita

Segunda visita do dia. Com uma chuva ameaçando cair, chegamos à casa de D. Zefferina. Árvores, um pé de uvaia, um de pitanga e muitas plantas.  Quem nos recebeu ao portão foi a filha Roseli, Rosa para os familiares e Rô para Solenta. D. Zefferina tem 79 anos, nasceu no dia15 de janeiro de 1932, e está se recuperando de um AVC. Na casa estava também a filha Nanci. D. Zefferina fez uma expressão de surpresa boa ao avistar Solenta, que entrou na frente antes de Terezinha apresentá-la.  A visita foi uma delícia e Rosa e Nanci foram muito receptivas. A cadência do encontro foi bem calma e deixou uma sensação de serenidade e aconchego, com direito a longos silêncios enquanto avistávamos a chuva que caía mansamente lá fora. Nanci e Rosa contaram da evolução da mãe que começa a caminhar sozinha com o auxílio de seu "cachorrinho" (ver foto abaixo), que pensamos em batizar, já que ele ainda não tinha nome. Dani, a estagiária de enfermagem que estava nos acompanhando, sugeriu o nome de um dos cachoros do filme "101  Dalmatas", já que o cachorrinho tinha uma pinta. Solenta perguntou se D. Zefferina já havia tido algum outro cachorro antes. E o único que elas lembraram foi um cachorro chamado Bidu, mas as filhas disseram para Solenta não se preocupar pois o bisneto Miguel que, segundo elas, é bem agitado certamente, se encarregaria de batizar o "cachorrinho" em sua próxima visita.
Em um determinado momento da visita, o telefone tocou e, como Solenta adora atender telefone, já foi logo  pegando no fone. Do outro lado era Graziela, filha de Rosa que Solenta já foi logo chamando de Grazi, na maior intimidade. É sempre muito engraçado atender o telefone pois, além de Solenta não conhecer quem está ligando, a pessoa do outro lado acaba achando que discou o número errado. O que aconteceu de engraçado nessa visita é que, depois que a filha de Rosa desligou, o telefone tocou de novo e a pessoa do outro lado da linha perguntou: “d'aonde fala?” E Solenta respondeu: “é daqui mesmo, não é engano não. Com quem você quer falar?” E a pessoa respondeu: “com a Vilma.” “Vilma? Ih, acho que foi engano sim, aqui não tem nenhuma Vilma...” Solenta perguntou se tinha alguma Vilma por lá, uma vizinha, uma afilhada....Nada. Risada geral. Que delícia que são esses imprevistos!
Dona Zefferina nasceu em Sorocaba e é descendente de índios, traz em seu semblante um quê de sabedoria ancestral. Ela e Solenta ficaram bastante tempo de mãos dadas e durante todo o tempo ela ficou fazendo um “cafuné” nas mãos de Solenta, que foi se derretendo diante de tanto carinho. Não tenho nem que dizer o tanto que essa visita me alimentou e ainda ao final, depois das despedidas, fui presenteada com uma imagem linda: Rosa e Nanci, ao acenar para Solenta, Terezinha e Dani, que já estavam no carro, abriram sorrisos largos e generosos, iluminando suas faces. Imagem inesquecível.
Nanci, D. Zefferina, Solenta e Rosa.


Dani, Terezinha, D. Zefferina, Rosa e Nanci.

Nossas mãos!

O "cachorrinho" de D. Zefferina

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