OITAVO DIA - Dona Reiko
Chegamos à frente da casa, situada em uma rua bem tranquila. Dois sobrados geminados que se comunicam no andar de cima por uma abertura bem em frente a escada que subimos, uma sensação de espelho. Quem nos abriu o portão foi Francinete, que cuida da casa e nos levou até onde estava Dona Reiko e a filha Natalina, que é quem cuida dela. Dona Reiko acaba de fazer 84 anos e tem um diagnótico de demência. Apesar de falar bem o português, nos últimos tempos, só tem se comunicado em japonês. O ENCONTRO Ao chegarmos no andar de cima não encontramos de cara Dona Reiko, ela estava com Natalina no terraço que dá de frente para casa. Estava sentada em uma cadeira de rodas e foi impossível decifrar o que sentiu em relação à figura de Solenta. Tinha um expressão de surpresa mas era completamente enigmática. Surpresa boa? Surpresa ruim? Surpresa indiferente? Até agora não é possível responder. Solenta de cara se admirou com a figura, que parecia ter saído de um filme, com um "figurino" impe